Obra de autoria da artista Paula Gouveia, exposta na residência de uma cliente, na cidade de Coimbra.

A cliente solicitou uma obra de grandes dimensões, com 2.30×1.30 metros, prevista num vão de parede em betão, para a sua sala.

No desenvolvimento deste trabalho, tive como conceito inspiracional, os prolongamentos cromáticos da tela na ambiência do próprio vão existente de betão cinza, com o objetivo de não criar muito ruído de fundo e existir assim uma continuidade a observar.

Tela tríptica, abstrata, assimétrica, com uma moldura de uma enorme leveza, expondo a obra ao seu conteúdo sem a seccionar.

Retrata a vista de uma cidade, onde a poluição em que “o mundo nos habituou a respirar”, é patente, numa paleta cromática de tons cinzas-escuros, contrastando com a luz de alguns elementos existentes que teimam em prolongar as suas cores fortes originais da nossa existência, como um grito de esperança de vivermos num mundo mais colorido e sustentável. O rasgo de luz em branco existente, determina a entrada para um mundo melhor, cheio de brilho e luz, que cada vez é mais diminuto e distante.